jornal conexão
  • A ciência, seus aliados e inimigos

    Ciência é o conhecimento rigoroso sobre determinado assunto, tema ou objeto. Desde os gregos até pensadores modernos e contemporâneo, a dialética é o verdadeiro método de investigação científica. Somente os pós-moderno retiraram a dialética do cardápio metodológico porque, entre a rigorosidade e o interesse, prevalece o interesse, mesmo que sem justificativa.

    Não é possível descrever todos os professores que já se foram, mas enquanto vivos dedicaram suas vidas pela educação, pelo fim das injustiças, pela melhoria deste País e pela superação das relações de exploração. Assim como não será possível lembrar os que ainda estão na ativa, porque felizmente são muitos, mas com certeza os sem compromisso superam em quantidade, os que lutam pelo bem da humanidade.

    Os analfabetos, inimigos da leitura que estão nas universidades odeiam a leitura de clássicos, inimigos dos métodos para superação das relações de exploração, inimigos do materialismo históricos; em sínteses, inimigos do marxismo, amantes e amigos, apenas do neoliberalismo, porque também são inimigos dos clássicos do liberalismo.

    Somente a ideologia burguesa com a ideologia proletária não será possível conectar, mas é necessário desvendar o antagonismo de classe entre os representantes do capital e os trabalhadores e seus aliados e representantes. O capital cresce e até infla com suor e sangue dos trabalhadores; não importa a vida. O constrói todas as riquezas das nações e muitas vezes não tem nem casa para morar.

  • Agroecologia e agricultura florestal

    Um ecossistema tem três elementos que interagem para garantir e manter os seres vivos. Esses três elementos são: terra, água e floresta. Quando um desses elementos são prejudicados, ou massacrados é certeza que seres vivos não sobrevivem. A devastação das florestas provocou desequilíbrio ambiental, acabou com muitas vidas animais e até o ser humano começou a ter problemas de saúde. Se acabar com as florestas é certo que as águas também desaparecerão.

    Cada bioma é um ecossistema que tem seu próprio sistema e por isso, animais diferentes em cada bioma. Mas existem as regiões limítrofes entre bioma, tal como serrano e floresta amazônica. Existem animais que vivem nessas regiões limítrofes. As águas são outro exemplo de ecossistema. Nos rios tem seres vivos, nos oceanos também. O grande sistema ecológico é a troca universal entre todos os ecossistemas. O desequilíbrio ambiental causa falta de chuvas ou excesso de chuvas.

    Com essas observações cientistas das universidades de todo o mundo passaram estudar formas de proteção do meio ambiente. Desde as pequenas atividades individuais até atividades de grupos empresariais, podem contribuir para o desequilíbrio ambiental e para as grandes tragédias humanas. Observando as grandes tragédias, no Brasil foi criado a EMBRAPA – Empresa brasileira de pesquisa agropecuária, para pesquisar a melhor forma de produção agroecológica.

    Segundo Alberto Feiden (Doutor em Agroecologia), um dos pesquisadores mais renomado da Embrapa, é possível produzir em quantidade e qualidade sem destruir o meio ambiente, mas interagindo com ele. A primeira orientação: nunca destruir a floresta no topo da montanha; segundo, manter uma boa mata ciliar nas beiras dos rios. A floreste, tanto das montanhas como da mata ciliar pode ser aproveitada na produção de café, banana, laranja, limão, mamão, abacaxi e outros tipos de frutas.

    Manter a floresta no topo da montanha, quando chove a floresta segura as águas por alguns dias e vai distribuindo aos poucos irrigando as plantações ao longo do declínio. Também é possível fazer fileiras de banana, abacaxi, e outras plantas para manter irrigação natural no percurso irrigando plantas: feijão, milho, mandioca, batata e outras plantas para alimentação. Essa é a forma de produzir alimentos saudáveis e garantir a saúde da população.

    Nas próximas edições forma de certificação de alimentos de origem da agricultura familiar.

  • Educação

    Entre as políticas públicas, a educação está entre as mais importantes. Isto porque, através da educação que se forma o ser humano para o presente e para o futuro. Todavia, há que se considerar as disputas ideológicas sobre concepção de educação. Para entender essas disputas é necessário entender as seguintes questões: O que é educar? Para que educar? Quem deve ser educado? Quando começa a educação? As políticas educacionais evidenciam essas questões?

    Começando pela última questão, sobre as políticas educacionais, a resposta é sim! Fica evidente a finalidade da educação na sociedade capitalista que está estruturada juridicamente com os fundamentos na exploração dos donos dos meios de produção e exploração sobre os trabalhadores. A classe dos grandes proprietários são a burguesia que vive exclusivamente da exploração. Mas há os pequenos proprietários, esses, em sua maioria pensam que fazem parte da grande burguesia. Por isso, parte significante desses pequenos proprietários atuam como inimigos da classe trabalhadora.

    O que é educar? Promover o conhecimento necessário para vida. Educar não é simplesmente pensar no conhecimento! Desde os primórdios da humanidade, quando se pensavam educação, estavam associados metodologia e conteúdo. O método como ponto de partida, a metodologia o estudo do caminho a ser percorrido e o conteúdo como fim último a ser chegado. Apenas dois exemplos da antiguidade: Atenas educava para viver a democracia; Esparta educava para a guerra. Quais os meios (metodologia)? Em Atenas os livros, em Esparta as armas.

    Para que educar, já está posta a resposta na primeira questão. A terceira e quarta questão estão unidas, por questões de políticas educacionais. As políticas educacionais definem quando começa a educação formal, porém, na vida real, começa muito antes, com a educação informal. A educação informal é o resultado das relações sociais e da influência dos progenitores. Na filosofia moderna, base filosófica da sociedade burguesa, John Locke e Jean Jacques Rousseau tratam com profundidade a duas vertentes da educação.

    Se a educação começa com as crianças, depois da consolidação do modo de produção capitalista aparece outro problema, desvendado por Karl Marx em suas teses sobre Ludwig Feuerbach, com a interrogação: “Quem educa o educador”? A resposta também está implícita na própria questão. É o mercado que educa. A sociedade capitalista se movimenta pelas relações de mercado e por isso as políticas públicas estão submissas às relações de mercado.

    Com essa visão de mundo o ser humano é um meio em qualquer circunstância. O fim é o lucro, por essa razão todas as empresas têm setor especializados em RH – Recursos Humanos. Em cada empresa o fim último é aumentar o capital, os recursos meios são aqueles seres humanos anônimos, que não tem nomes mas contribuem para aumentar o capital da empresa.

  • Direitos humanos

    Em 1948, um congresso organizado pela ONU – Organização das Nações Unidas aprovou uma carta com 30 Artigos, contendo a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Mas a concepção de direitos humanos não começou nesse congresso; se fizer uma revisão na história antiga, especialmente no Direito Romano já havia a lei garantindo Direito de Toda Gente. Mas, a concepção do direito de toda a gente visava apenas garantir o comércio visando apenas o direito econômico.

    Somente nas constituições das repúblicas modernas iniciou-se a preocupação com os direitos humanos, visando a real proteção das pessoas de forma coletivas ou individual. A primeira constituição moderna foi dos Estados Unidos da América, debatida entre 1776 a 1789, momentos da Revolução Francesa; a segunda foi realmente a Constituição Francesa que se iniciou com a Revolução e aprovada em 1791, aprovada uma outra em 1799.

    Os momentos de guerras e revoluções, provocadas pela expansão do capital forçaram pensadores do momento defender uma nova forma de constituição, mais para se proteger, do que para proteger a população, os seres humanos. Somente com a Segunda Guerra Mundial houve a real preocupação com Direitos Humanos. Isto porque, para o Nazismo e o Fascismo não existem classes sociais. Existia eles, e os outros. Eles, brancos com capacidade de conquistar e manter o capital e os outros que não produziam e atrapalhavam.

    Até a Segunda Guerra Mundial a maior preocupação dos donos da economia mundial era organizar um Estado forte, com capacidade de dominar, explorar e se necessário invadir outro país. A Segunda Guerra mostrou o perigo para a humanidade de um Estado poderoso capaz de dominar o mundo e matar aqueles que estavam sendo empecilho para seus intentos. Para tentar evitar novos perigos em 24 de outubro de 1945, em São Francisco – Califórnia, logo depois do fim da guerra um Manifesto assinada por: China, Estados Unidos, Reino Unido, França e União Soviética. Ratificando a Criação da ONU – Organização das Nações Unidas.

    Visando garantir os fundamentos dos Direitos Humanos, em 18 de setembro, de 1948, em Assembleia Geral da ONU, foi aprovado a Declaração Universal dos Direitos Humanos, atribuindo aos estados membro da ONU a responsabilidade de garantir os direitos contidos em seus 30 artigos. Nesta edição traremos um parágrafo do Preâmbulo e o Primeiro artigo da declaração. Cada edição deste periódico terá um parágrafo do Preâmbulo e um ou dois artigos, sempre associando com a realidade local regional e nacional.

    Início do Preâmbulo

    Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo;

    Nota-se, que já no início do Preâmbulo o ser humano é considerado como uma única família, sem distinção da classe, raça, gênero ou qualquer outro estereótipo.

    Art. 1º – Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.

    Observação: o ser humano nasce com potencialidade da aquisição da consciência, não nasce dotado da consciência. Inclusive alguns morrem sem esse privilégio. Afirmar que todos nascem dotado de consciência significa naturalizar a consciência, quando na realidade a consciência se adquire com o desenvolvimento físico e mental, de acordo com as relações com o meio em que se vive.

  • Editorial

    Pela concepção científica é necessário conectar a educação com a saúde, com alimentos saudáveis oriundos da agricultura familiar/orgânica e agroecológica. A saúde deve estar relacionada com um planejamento político da prevenção para evitar doenças. Prevenir a saúde é com alimentos saudáveis, condições de vida, ausência de ambientes tóxicos, tudo isso tem conexão com o conhecimento científico. Mas, para o capital não interessa que a população tenha acesso aos conhecimentos científicos, não interessa que a população não tenha domínio das letras, não interessa que a população não tenha habito de leitura. Interessa mais uma sociedade de analfabetos e um exército de impostores, lumpesinato intelectuais nas academias fingindo ter conhecimentos superiores, apenas para concorrer cargos.

    Um outro objetivo do jornal conexão é desvelar o vácuo existente entre o mundo da academia, da pesquisa científica e o trabalhador manual. Em fragmento de “Ideologia Alemã” Engels afirma que: a verdadeira emancipação humana só acontecerá, quando for superado a dicotomia entre o trabalho intelectual e o manual. O pensador Cubano José Martim afirma que somente o conhecimento é capaz de libertar o ser humano. Mas esses horizontes foram abandonados por setores da academia que pousam de intelectuais travestidos de esquerda no Brasil.